O
Programa “Mão Amiga”, idealizado em 2009 pela Prefeitura de Itaguara pertencente
à região metropolitana de Belo Horizonte situada a 95 km da capital, está
completando sete anos de implantação com muitos resultados a comemorar e
centenas de famílias de pequenos agricultores beneficiadas que com o passar dos
anos, o aperfeiçoamento, da política pública, o projeto em 2015 teve uma
evolução, atendendo a todas as expectativas dos agricultores beneficiados.
O programa é
desenvolvido em dois módulos: Patrulha Agrícola Mecanizada e Transporte de
Calcário e é realizado pela Divisão de Agropecuária da Secretaria Municipal de
Infraestrutura, em parceria com o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural
Sustentável (CMDRS), o apoio técnico da Emater e das associações de
agricultores familiares do município tendo como seu publico alvo os agricultores familiares cadastrados em associações rurais, devidamente representadas no CMDRS.
O programa
consiste basicamente em identificar o grau de acidez do solo de pequenas
propriedades rurais, subvencionando o transporte de calcário para a melhor
fertilidade do solo e subsidiar ainda a aração da terra para o plantio. Com o
apoio, os agricultores familiares melhoram substancialmente a produtividade por
hectare de terra e consequentemente a renda no campo, visto que o município tem
nos pilares da sua economia a atividade econômica a agropecuária conforme dados
do IBGE o município possui 25.000 hectares dedicados à agropecuária e 809
estabelecimentos agropecuários no total produzindo uma produção leiteira que
gira em torno de 12 milhões de litros ao ano.
A
política pública é construída coletivamente e daí resulta sua força e sucesso.
A extensionista de Bem Estar do escritório da Emater em Itaguara, Cornélia
Freitas, realiza o trabalho social, motivacional e organizacional do grupo de
agricultores familiares. O extensionista agropecuário da Emater José Roberto
Salgado após análise de solo realizado numa empresa credenciada orientou os
agricultores familiares no manejo adequado do calcário no solo.
Equipe do Projeto Mão Amiga
Foto: Duander Franco ASCOM PMI
Leandro Rafael
de Oliveira Produtor Rural diz que após a analise e correção do solo, melhoria
da pastagem a sua produção de leite atinge 250 litros ao dia onde antes sem
analise de solo era uma vaca 1 vaca por hectare, hoje tenho em 7 hectares de
terra 50 animais sendo 20 vacas, 30 bezerros e bezerrinhas. Oliveira ainda
ressalta que, o Programa Mão Amiga proporcionou uma experiência fantástica para
os agricultores visto que o Conselho pôde inserir e consolidar o programa na
grade de incentivo da agricultura familiar do município que, devido a vários
fatores da cadeia produtiva do mercado atual, estava com pouca perspectiva”.
Geraldo Eduardo
de Aquino, Supervisor de Agropecuária e Coordenador do Programa, destaca o
associativismo e a logística de trabalho como fatores determinantes para o
sucesso: “O programa fortalece o associativismo e é a prova de que o poder
público e a comunidade trabalhando juntos e com planejamento podem realizar
bons projetos”. Aquino destaca que, desde a concepção até a fase de execução,
há participação e fiscalização por parte da comunidade. “O processo de
inscrição, o cronograma, tudo passa pelo Conselho”, diz.
Um dos maiores
entusiastas deste programa é o senhor Clarimundo Malta de Andrade, 60 anos, Produtor
Rural e Presidente da Associação dos Agricultores Familiares de Pipoca e
Região: (AFAPRE) “Estamos muito satisfeitos; além de ter barateado o custo, a
nossa terra melhorou muito. Somos todos gratos pelo apoio que recebemos da
Prefeitura e da Emater MG”, comemora o produtor”.
Lavoura do Clarimundo Malta e Geraldo Andrade na Aurora
A produção de milho também teve avanço na região onde antes se obtinha de 20 a 30 toneladas de silagem por hectare hoje a produção subiu para 40 toneladas por hectare. O Produtor Jose Pereira da Silva produz milho para silagem para alimentar seu gado que é criado no cocho. Em um hectare ele possui 12 vacas que produz 10 litros de leite ao dia por animal. Jose Pereira diz que esta satisfeito com o Programa Mão Amiga, pois a terra de sua propriedade tinha acidez dai foi feita a analise de solo para corrigir e pediu para corrigir o solo com calcário, o projeto Mão Amiga fornece o frete de calcário dai foi bão de mais, visto que dava umas partes ruins e outras muito boas agora à produção fica igualada.
Gustavo Miranda, Secretário Municipal de Infraestrutura, Limpeza Urbana, Agropecuária e Meio Ambiente, salienta que a prefeitura custeia integralmente o frete de calcário, o operador e a máquina para aração das terras. Os recursos arrecadados pelo programa são gerenciados exclusivamente pelo CMDRS e são utilizados para manutenção das máquinas, com isso fazendo com que o dinheiro arrecadado com a patrulha agrícola mecanizada cobrada a hora/máquina a 50% do valor de mercado volte como investimento para o produtor rural.
Aração de terra na comunidade de Campo Grande
As mais de 120 famílias beneficiadas pelo Programa Mão Amiga estão divididas em todas as regiões do município, sobretudo das comunidades rurais de Pipoca, Boa Esperança, Boa Vista, Sapecado, Fangueiros, Campo Grande, Campo dos Gentios e Aroeiras - onde há associações rurais em regular funcionamento.
O projeto transportou cerca de 1200 toneladas de calcário em 2014 e 744 toneladas em 2015. Já a aração de terras totalizou mais de 200 horas de serviços prestados em cada ano. O extensionista agropecuário da Emater Jose Roberto diz que a diminuição de 36% de transporte do calcário de 2014 para 2015 demostra como é importante à análise do solo antes de esparramar o insumo, com isso se percebe o grau de evolução do solo trouxe para a produtividade do agricultor familiar, com isso ganha o município e ganha o produtor.
O
prefeito Diego sabendo da importância do Programa para a economia do município
sancionou o projeto lei nº1.605 de 30 de março de 2016 referente ao programa e que assim este projeto não se
tornasse apenas uma política pública de um governo e sim política permanente
com investimentos crescentes, possibilitando o desenvolvimento das comunidades
rurais, gerando emprego, renda e diminuindo o êxodo rural. “Nossa administração
tem um claro compromisso com os produtores rurais itaguarenses. Para nós, esta
é uma política estratégica, sobretudo porque valoriza a nossa tradição primaz e
histórica que é a agricultura familiar”, evidencia o prefeito.
Reunião apresenta contas do programa à população
No dia 14 de março, o CMDRS reuniu os produtores rurais para apresentar a prestação de contas do Programa Mão Amiga 2015. A Secretaria de Infraestrutura, Limpeza Urbana, Agropecuária e Meio Ambiente, a Emater e o Conselho apresentaram, detalhadamente, para a comunidade a execução do programa como demostra o vídeo.
O prefeito Alisson Diego compartilha o êxito do projeto com todos os envolvidos: "O Mão Amiga é um dos grandes orgulhos de nossa gestão, estamos felizes com os bons resultados e a repercussão positiva. É um projeto exitoso feito a muitas mãos e faço questão de compartilhar esse sucesso com todos os envolvidos".
O Programa Mão Amiga teve um saldo
positivo não só financeiramente, proporcionou também um fortalecimento
da credibilidade do CMDRS, das Associações Comunitárias, dos Grupos de
Trabalho, da Prefeitura e da EMATER MG tanto que ganhou repercussão no jornal informativo Grambel em 2015 e no Programa de TV Minas Rural em 2016 mostrando que este projeto é um modelo para
outras cidades e até para o estado de Minas Gerais. "Poucos municípios
fazem o que estamos fazendo nessa área, a própria Emater já nos
parabenizou pela iniciativa", diz Diego.
Imagem do Jornal Informativo da Grambel 2015 |
Reportagem do Programa Minas Rural
Programa Mão Amiga: “Uma semente de esperança na busca de frutos saudáveis para os agricultores familiares.” Geraldo Eduardo de Aquino
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